O ano começou aquecido para os empreendedores de base tecnológica no país. O volume de investimentos em startups brasileiras nos primeiros três meses do ano bateu um recorde de US$ 1,93 bilhão, um avanço de 261% sobre os US$ 534 milhões investidos no primeiro trimestre do ano passado.
O levantamento “Inside Venture Capital”, divulgado nesta quinta-feira pelo Distrito Dataminer, divisão de dados da plataforma de inovação aberta Distrito, mostra que os investimentos no 1º trimestre já representam mais da metade (54%) dos US$ 3,5 bilhões investidos ao longo de todo o ano de 2020.
Dos 155 aportes anunciados entre janeiro e março deste ano, quatro rodadas recebidas por unicórnios brasileiros — Loft, Loggi, MadeiraMadeira e Nubank — representaram 62% do volume total de investimentos, ou US$ 1,2 bilhão.
Somente em março foram aportados US$ 962 milhões, em 61 rodadas de investimentos, com destaque para uma rodada de US$ 425 milhões na Loft, liderada pelo fundo americano D1Capital.
Ainda em março, a startup Hotmart recebeu US$ 125 milhões do fundo americano TCV, que também investe em gigantes como a Netflix. A empresa informou que sua avaliação superou US$ 1 bilhão, o que a coloca na lista de unicórnios no país.
O primeiro trimestre foi o mais movimentado em fusões e aquisições na série histórica, desde 2011, com 56 transações de fusões e aquisições no ecossistema de inovação brasileiro, ante 26 no primeiro trimestre de 2020.
Os maiores compradores no período foram as empresas Locaweb, em primeiro lugar, com quatro aquisições (ConnectPlug, Credisfera, Dooca eSamurai), seguida pela holding de empresas de software como serviço Nuvini (Leadlovers, Ipê Digital e Effecti) e pela rede varejista Magalu (VIP Commerce, Tonolucro e Grand Chef).
Das 30 negociações anunciadas em março destaca-se a aquisição da Resultados Digitais (RD) pela Totvs, por R$ 1,86 bilhão, considerada a maior negociação de uma empresa privada de software no país.
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