Com a meta de multiplicar seu faturamento em mais de dez vezes este ano, a startup Nuvini, de Pierre Schurmann, fundador da Bossa Nova Investimentos, anuncia a compra da plataforma de marketing digital Leadlovers. O valor da transação não foi revelado.
Esta é a terceira transação da Nuvini, antiga Keiretsu, mas Schurmann prefere manter as outras duas em segredo. O objetivo, segundo ele, é formar uma holding de 15 empresas de software como serviço em diferentes segmentos até o fim do ano. “Tenho conversado com empresas desde maio. Mapeamos 168, analisamos 72 e estamos negociando com 15”, diz o empresário.
A Nuvini conta com R$ 100 milhões para ir às compras, mas Schurmann abrirá umanova rodada de captação em março.
Com as aquisições, a meta é elevar o faturamento de R$ 20 milhões, em 2020, para R$296 milhões este ano. “Se os ventos soprarem a nosso favor, a intenção, lá na frente, é abrir capital”, afirma.
As aquisições estão direcionadas aos segmentos de vendas e marketing, produtividade e de finanças e controle. Esta terceira área contempla empresas de sistemas de gestão empresarial para o varejo, área de empresas brasileiras como Linx, adquirida pela Stone por R$ 6,7 bilhões, e Totvs, líder do mercado de ERP no país, que perdeu a disputa com a Stone pela Linx no fim do ano passado.
No time de gestores-sócios da Nuvini estão o americano Aaron Ross, autor do livro “Receita Previsível”, referência na área de vendas e marketing, bem como Carolina Carioba, ex-Google, WeWork e Santander, na área de gestão de pessoas.
As empresas avaliadas para aquisição estão há pelo menos cinco anos no mercado e faturam entre R$ 20 milhões e R$ 50 milhões por ano. “Buscamos empresas que estão em primeiro ou segundo lugar em seus segmentos”, diz Schumann. “Antes de casar agente tem que ter certeza de que namorou e as etapas foram bem cumpridas.”
A meta de Schurmann continua ambiciosa nos próximos anos. Até 2025, a expectativa é aumentar o grupo para 100 empresas, alcançando um faturamento de R$ 4 bilhões e lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de US$ 1 bilhão.
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