Depois de muita espera, chegou mais um ano de Copa do Mundo! Dessa vez foi mais difícil que o normal esperar pela copa, já que o trauma de 2014 foi grande… Mas é muito interessante quando a gente tira um tempo para refletir e perceber que as pressões de uma competição como a Copa do Mundo são muito parecidas com os desafios da jornada empreendedora.
Toda a diversão que envolve uma copa às vezes pode nos distrair de algumas lições importantes que podemos aprender com as situações que acontecem nos campos. A própria Seleção Brasileira, com seus altos e baixos, tem muito a nos ensinar sobre um assunto que eu considero super importante para quem quer ser empreendedor: a Inteligência Emocional.
Para fazer o paralelo entre o aprendizado que podemos ter com a Seleção, vou explicar em bem rapidinho o que é essa tal de Inteligência Emocional.
O que é Inteligência Emocional?
Durante um bom tempo, a inteligência humana vem sendo medida através de testes que verificam o desempenho cognitivo de uma pessoa e o compara com os resultados de outras da mesma faixa etária – o chamado de Quoeficiente de Inteligência, ou Q.I.
Mas teve um cara que um dia questionou o Q.I, pois afinal, a nossa inteligência e o nosso desempenho pessoal e profissional vai muito além do que um teste cognitivo pode mostrar. Esse cara era Daniel Goleman.
Com base em sua área de estudos, a psicologia, Goleman desenvolveu o conceito de Inteligência Emocional, que trata sobre a forma como identificamos e gerenciamos nossas emoções e a diferença que isso pode fazer na nossa vida.
Em seus estudos, Goleman defende que a inteligência emocional é potencializada em nós através cinco habilidades que podemos desenvolver: o autoconhecimento emocional, o controle emocional, a automotivação, a empatia e as habilidades sociais.
Em teoria, a gente sabe que é preciso estar emocionalmente forte para não deixar que as dificuldades da vida afetem nosso trabalho ou nos desviem do nosso propósito de ser campeão. Mas sei que não é fácil gerenciar tudo isso. Por isso é importante colocar em prática algumas atitudes. Fiz uma seleção das melhores para compartilhar aqui com vocês e vou mostrar que empreendedorismo e futebol podem ser mais parecidos do que se imagina.
Reagir x Responder
Uma coisa bem legal que vem da Inteligência Emocional é a diferença entre reagir e responder. Quando reagimos, fazemos algo por reflexo, sem pensar muito. Mas quando respondemos, temos um período de reflexão antes, mesmo que curto. E isso é o que faz com que a resposta seja algo mais virtuoso do que uma simples reação.
É claro que em um jogo de futebol não existe muito tempo para reflexão, tudo acontece muito rápido. O detalhe é que, muitas vezes, no dia a dia de uma empresa isso não é muito diferente. Mas o legal é que quando aprimoramos nossa inteligência emocional, podemos aprender a colocar as respostas em prática em nossa vida, mesmo nos momentos mais conturbados.
Encarar a ansiedade de frente
A primeira lição que podemos aprender com a seleção é sobre esse mal que tem nos atormentado muito nos últimos anos: a ansiedade. Ansiedade que eu digo aqui é quando a vontade de ganhar é grande, mas o desespero também. Então não conseguimos ter um controle sobre nossas ações, o que acaba em diversas ações sem pensar, o que pode prejudicar muito.
Uma seleção ansiosa, assim como um empreendedor ansioso, pode deixar que os problemas aconteçam sem conseguir tomar uma atitude que realmente possa resolver. Sem dúvida isso pode atrapalhar e muito os resultados. Por isso, é preciso ter confiança em si mesmo e em sua equipe, para conseguir enfrentar cada partida, assim como nós empreendedores temos que encarar cada novo dia de trabalho.
Pensar nos outros
A empatia, ou seja, a capacidade de se colocar no lugar do outro, é uma das habilidades centrais da inteligência emocional. No mundo do futebol, a empatia precisa estar dentro e fora dos campos, para que a rivalidade entre os times não se torne um problema e que o companheirismo da equipe seja um ponto forte.
Já nas empresas a lógica continua a mesma: para que as equipes de trabalho sejam engajadas e pró-ativas, o primeiro passo é trabalhar para que todos sejam conscientes da importância de cada um. O goleiro não é mais importante que o volante, assim como o gerente não é mais importante que o responsável pelo controle de estoque. O que muda são as funções, mas todos precisam ser valorizados.
Essas foram as lições que escolhi compartilhar com você sobre o que a seleção pode nos ensinar sobre lidar com pressões do dia a dia, o que se aplica também nas nossas empresas. Como a gente viu, quando aprendemos mais sobre inteligência emocional, temos tudo para ganhar de goleada em nossa jornada empreendedora.